Neste dia internacional dos Povos Indígenas, comemorado em 09 de agosto, a Amapá Previdência faz uma homenagem a todos os povos originários do nosso estado.

Dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que aproximadamente 11 mil indígenas vivem hoje espalhados pelo território amapaense. Cerca de 5900 estão na região do município de Oiapoque, 3200 no Parque do Tumucumaque e 1300 indígenas na área do município de Pedra Branca do Amaparí.

A Amprev sempre manteve uma relação de muita proximidade com os povos originários. Durante o Censo Previdenciário de 2021, a Entidade esteve presente nas terras indígenas Wajãpi, no município de Pedra Branca do Amaparí.

O colaborador da Amprev, Robson Bezerra, Analista de Tecnologia da Informação participou da busca ativa nas terras indígenas. Ele falou sobre o trabalho realizado com os povos tradicionais.

"Foi muito interessante mergulhar na cultura povo Wajãpi. Essas pessoas tem benefícios junto a Amapá Previdência. Muitas famílias são grandes, com até quinze filhos, e esses dependentes tem direitos. Os pais são professores, e seus filhos são dependetes tem direitos, como em caso de óbito, da pensão por morte. E eles tem uma cultura ainda sem internet, apesar de terem o celular. Então foi muito bom fazer essa busca ativa, para atualizar os dados cadastrais no sistema da Amapá Previdência", explicou Robson Bezerra, Analista de Tecnologia da Informação. 

Robson Bezerra - Analista de Tecnologia da Informação da Amprev em atendimentos aos indígenas 

As equipes da Amapá Previdência realizaram o trabalho de prova de vida e atualização cadastral dos indígenas, segurados da Entidade. A busca ativa realizada pela equipe técnica é uma prova do quanto a Amprev tem respeito com os povos tradicionais do Amapá. Uma maneira de garantir o acesso aos benefícios de aposentadoria e pensão por morte, dos segurados indígenas. Afinal, eles estão distantes da capital do estado, e enfrentam dificuldades para à Amprev realizar serviços junto a instituição.

Rafaela Fonseca - Chefe da Divisão de Fiscalização da Amprev em atendimentos aos indígenas

A Chefe da Divisão de Fiscalização da Amprev, Rafaela Fonseca, também atuou na busca ativa junto aos povos Wajãpi, em Pedra Branca, e afirmou:

"Eu fiz parte do grupo da Amprev responsável pela atualização cadastral naquele momento de 16 pensionistas. E durante a visita a gente colheu as informações necessárias para a prova de vida, e claro, colhi bastante informações sobre a cultura daquele povo. A minha formação é na área da Sociologia, então esse trabalho se tornou uma aula prática para mim, considerado a importância da cultura indígena na construção  da nossa identidade. Os índios usavam poucas roupas, tinham o corpo pintado. As crianças principalmente queriam ver o que nós estávamos segurando. As meninas queriam maquiagem. Podemos ouvir a língua nativa dos Wajãpi, e eu pude ver como eles se estruturavam socialmente. Vou usar como exemplo, a família que fizemos a prova de vida. Era um chefe, duas esposas, e ele teve filhos com as duas, isso é parte da cultura desse povo. E com o óbito dele, as esposas não podem mais casar. Tivemos autorização para entrar na área, essa medida é importante para manutenção da área verde deles se manter preservada. Em resumo, eu posso dizer que a missão foi um trabalho, mas se tornou uma experiência social bem legal, para vivenciar de perto toda essa realidade cultural", reforçou Rafaela Fonseca, Chefe da Divisão de Fiscalização da Amprev.

Durante o trabalho realizado com os povos tradicionais, a Amprev constatou naquele momento, haver 16 pensionistas com benefícios gerados por um professor indígena, que era segurado da Entidade e havia falecido.

Augusto Brito, Chefe da Divisão de Cadastro e Benefícios da Amprev, que esteve inserido nessa ação da Entidade, explicou um pouco de como surgiu a ideia de realizar essa busca ativa de pensionistas nessa área indígena.

Augusto Brito - Chefe da Divisão de Cadastro e Benefícios da Amprev

"A ida até a nação Wajãpi foi resultado do processo de recadastramento dos nossos inativos. E essa ação conseguiu trazer e provar para Amprev, uma das características primordiais a um órgão previdenciário, que foi a humanização das ações previdenciárias. Antigamente nós tínhamos a ideia a noção de que a previdência era seca, fria, era números. E quando fomos determinados a fazer essa busca ativa, ir até o segurado, buscar pelo segurado, saber sobre a saúde do segurado, sua existência, seu modo de vida, aonde mora, como ele mora, como vive, do que ele vive. O que sua aposentadoria pode proporcionar, á quem a sua aposentadoria pode ajudar, isso foi a humanização da Amapá Previdência. E essa característica ela respeitou um dos maiores princípios basilares da nossa constituição, o princípio da dignidade da pessoa humana. Esse foi o maior presente que nós recebemos como órgão previdenciário, da nação Wajãpi. Foi provar para nós servidores, e para a própria Amapá Previdência. E nós tivemos excelentes resultados e essa busca aos Wajãpi e seus segurados, nos rendeu um dos maiores prêmios previdenciários do Brasil. Tiramos em primeiro lugar e isso nos deu orgulho e esse foi um dos maiores presentes que nós recebemos", explanou Augusto Brito, Chefe da Divisão de Cadastro e Benefícios da Amprev.

E é isso mesmo, o trabalho realizado pela Amapá Previdência, a busca ativa de segurados e pensionistas nas terras indígenas dos Wajãpi deu a Amprev, o 1º Lugar no Prêmio Nacional de Inovação Previdenciária da Associação Nacional de Entidades Previdenciárias de Estados e Municípios- ANEPREM. 

E nesta data tão importante, a Amapá Previdência reforça a manutenção dos atendimentos aos indígenas do Amapá.

Veja a reportagem completa da ação realizada pela Amprev no interior do Amapá no site da Entidade, ou no canal da Amprev no Youtube.